Milhões de brasileiros que recebem o Auxílio Emergencial estão no aguardo de informações oficiais da manutenção do benefício para o ano que vem.
Tudo indica que isso não deve acontecer. O presidente da República, Jair Bolsonaro, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, já abordaram o assunto. Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, também comentou sobre o assunto e deu indícios de que não deve haver prorrogação.
O Auxílio Emergencial começou a ser pago em abril.
As três parcelas iniciais foram de R$ 600. Em seguida, o governo federal estendeu o pagamento por mais dois meses.
No fim de agosto foram informados mais quatro pagamentos, dessa vez de R$ 300. Em dezembro, o pagamento chega ao fim.
Em meio a tudo isso, uma informação revoltante foi divulgada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que identificou que 10.724 candidatos a prefeitos e vereadores com patrimônio superior a R$ 300 mil receberam o benefício pago para pessoas de baixa renda.
Cerca de 5.873 candidatos que declaram patrimônio entre R$ 300 mil e R$ 500 mil ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) receberam o Auxílio Emergencial.
Entre aqueles que declararam patrimônio superior a R$ 1 milhão, 1.320 candidatos receberam o benefício.
Candidatos a prefeitos e vereadores receberam Auxílio Emergencial
Patrimônio entre R$ 300 mil e R$ 500 mil: 5.873 candidatos
R$ 500 mil e R$ 750 mil: 2.525 candidatos
R$ 750 mil e R$ 1 milhão: 1.006 candidatos
+ R$ 1 milhão: 1.320 candidatos#auxilioemergencial #TCU
— Diogo Marcondes (@diogomarcondes) 30 de outubro de 2020
O Auxílio Emergencial foi proposta para ser pago para beneficiários do Bolsa Família, desempregados, autônomos e microempreendedores individuais (MEIs). Para receber o benefício, era necessário ter renda mensal de meio salário mínimo por membro da família. Milhares de pessoas em todo o Brasil receberam o benefício indevidamente.