O Fluminense iria manter a estratégia da quarta-feira e correr o risco de o Flamengo ter trabalhado para superar a armadilha? Ou mudar tudo o que deu certo? Odair Hellmann respondeu a esta pergunta de maneira direta: “Não posso dizer aos jogadores que tudo o que fizemos foi bem sucedido e agora vamos transformar a estratégia.”
Coerência é o nosso esporte.
Mas mudou.
1 de 1 Michael e Gabigol comemoram gol do Flamengo — Foto: André Durão
Michael e Gabigol comemoram gol do Flamengo — Foto: André Durão
Diferentemente da quarta-feira, na final da Taça Rio, o Fluminense não bloqueou o Flamengo com duas linhas de quatro divididas por Hudson e impondo a dificuldade de o rubro-negro usar o espaço entre as linhas. Saiu mais para o jogo e correu mais riscos.
Impôs dificuldades ao Flamengo, adiantou a marcação em alguns momentos e acabou pagando o preço por esta ousadia aos 28 minutos. Diego achou o espaço justamente entre as linhas, atrás de Hudson, à frente dos volantes. Dele saiu o primeiro passe para a jogada decisiva e também a assistência para Pedro marcar.
Há um ano, exatamente em julho do ano passado, o Fluminense resistia em vender Pedro para o rubro-negro. Em um ano, Pedro foi para a Fiorentina e acabou emprestado por muito menos dinheiro do que o Flamengo pagaria se o contratasse diretamente das Laranjeiras.
Pedro foi decisivo, mas o Fluminense teve chance até de ganhar a partida. No segundo tempo, em dois contra-ataques, o Tricolor marcou 1 x 1, gol de Evanílson. Pouco depois, em outro contra-ataque, Yago finalizou e poderia ter feito 2 x 1.
Assim como contra o Volta Redonda, o Fluminense tomou contra-golpe de uma bola parada a seu favor. No jogo do retorno da quarentena, o time do sul fluminense fez o gol depois de falta nos arredores da área a favor do Flu. Desta vez, o gol da vitória rubro-negra nasceu do rebote do escanteio a favor do time de Odair Hellmann.
Velocidade de Gabriel e passe perfeito para Michael fazer 2 x 1.
Não seria justo dizer que o Flamengo não mereceu ganhar. Mereceu. Mas deu muito mais sustos do que se imaginava. Antes da decisão começar, imaginava-se uma vitória fácil na quarta-feira. Houve empate. Desta vez, houve quem pensasse que o Fluminense pagaria pelo que fez na final da Taça Rio. Foi difícil. O Flamengo está perto do bicampeonato e precisa só de um empate para ganhar a taça na quarta-feira (15). Mas o Fluminense mostrou que tem a vacina anti massacre contra o melhor time do Brasil.
Fonte: globoesporte.globo.com/