Em comunidades mais distantes, onde o barco saúde não consegue chegar, as “voadeiras” dão apoio às equipes. Moradores de 13 comunidades ribeirinhas estão sendo atendidos até quarta-feira (15).
Na capital rondoniense mais de sete mil ribeirinhos são vacinados contra a Covid-19 através do barco saúde. A primeira parada da embarcação foi no distrito de São Carlos, cerca de seis horas navegando a partir de Porto Velho.
O barco tem a estrutura de uma unidade básica e conta com 20 profissionais da saúde e uma equipe do exército. Eles são responsáveis por diversos atendimentos médicos para 13 comunidades ribeirinhas.
O foco da missão é a prevenção à Covid-19, com testagem rápida em pessoas com sintomas e vacinação das pessoas entre 18 e 59 anos. Os idosos já foram imunizados.
“Acho que agora estou prevenido, né? É continuar cuidando de casa, usando máscara, álcool, saindo só se for preciso”, disse Deujean Oliveira, de 20 anos.
Deujean Oliveira, de 20 anos, recebendo vacina — Foto: Rede Amazônica/Reprodução
O José Cláudio já teve a doença e sabe a importância da vacina. “Esperei bastante! Graças a Deus que chegou, né? Vou esperar chegar a segunda dose pra fechar de vez”, comentou.
Em comunidades mais distantes, onde o barco saúde não consegue chegar, as embarcações menores, chamadas de voadeiras, dão apoio às equipes.
Em Cavalcante, por exemplo, vivem 80 famílias e todas serão imunizadas contra a Covid. No trajeto os vacinadores encaram trilhas com lama e barrancos.
Em Porto Velho, vacinação de sete mil ribeirinhos é feita por barco — Foto: Rede Amazônica/Reprodução
“Exige sacrifício, mas é compensador. Você chega e vê a comunidade atendida como um todo. O cansaço é recompensado perante a satisfação da comunidade quando a gente chega. É o barco da esperança. É a voadeira da esperança”, comemora Maria de Lurdes da Silva, enfermeira e coordenadora do barco.
As equipes vão de casa em casa chamando os moradores para se vacinar. Em algumas comunidades não há energia elétrica convencional e o posto de saúde é construído pela própria comunidade.
Em Porto Velho, vacinação de sete mil ribeirinhos é feita por barco — Foto: Rede Amazônica/Reprodução
Fonte: G1