Complexo do Alemão: dos 15 suspeitos mortos, 10 já foram identificados

Complexo do Alemão: dos 15 suspeitos mortos, 10 já foram identificados

Reginaldo Pimenta/Agência O Dia – 21.07.2022 Movimentação de policiais durante operação no Complexo do Alemão

Dos 15 suspeitos mortos na operação do Complexo do Alemão, na Zona Norte do Riona quinta-feira (21), a Polícia Civil já identificou 10 pessoas, sendo sete com anotações criminais. Um outro homem ferido na ação, identificado como Hideraldo Souza Alves, mais conhecido como “matador de policiais”, é investigado de participar do assalto a uma joalheria no shopping Village Mall, na Zona Oeste do Rio, no dia 25 de junho.

Ele foi baleado nas duas pernas durante o confronto, passou por uma cirurgia e segue internado sob custódia no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Zona Norte.

Anteriormente, a Polícia Civil havia contabilizado o suspeito Roberto de Souza Quimer, 38, na lista de mortos. No entanto, na noite desta sexta-feira (22), o órgão informou que ele sobreviveu e está preso em flagrante. Roberto tem duas anotações criminais por tráfico e associação ao tráfico de drogas.

Além dos suspeitos, a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) também investiga as mortes do cabo da Polícia Militar Bruno de Paula Costa, de 38 anos, baleado durante um ataque à base da UPP no Alemão, e de Letícia Marinho de Salles, de 50 anos, baleada no peito quando saía da comunidade no momento da operação.

A Polícia Civil também busca informações sobre a morte da moradora Solange Mendes, de 49 anos, baleada na manhã desta sexta-feira (22), em uma das ruas do Complexo do Alemão.

Em coletiva na noite de quinta-feira (21), as polícias Civil e Militar informaram que ainda aguardavam o Instituto Médico Legal (IML) identificar alguns corpos.

Quarta operação mais letal do estado do Rio

O objetivo da ação era localizar e prender cerca de 100 criminosos que pretendiam sair do Alemão para praticar roubos e invasões em outras comunidades. De acordo com o segundo o tenente-coronel Uriá Nascimento, do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), estes traficantes usavam roupas similares às fardas das polícias Militar e Civil para dificultar a localização dos mesmos.

O setor de inteligência da PM identificou que esta quadrilha praticava roubos de veículos principalmente nas áreas dos bairros do Grande Méier, Irajá e Pavuna. Também havia indicações que a quadrilha poderia se movimentar e cometer ações criminosas na cidade, como invasão de outras favelas e roubo a bancos.

De acordo com a PM, cerca de 400 agentes participaram da operação. Entre os materiais apreendidos estão: um fuzil metralhador .50, que foi utilizado para tentar derrubar as aeronaves durante as ações, quatro fuzis cal. 7.62, duas pistolas e 56 artefatos explosivos que seriam empregados contra as equipes.

Também foram apreendidas 43 motocicletas que seriam utilizadas para causar confusão nas vias daquela região, visando desmobilizar as ações policiais e facilitar a fuga de criminosos.

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Fonte: ULTIMOSEGUNDO.IG.COM.BR