Eterna quarentena: a triste história do menino que vivia em uma bolha sem manter contato com o mundo externo

Em meio à pandemia causada pelo coronavírus, especialistas recomendam o isolamento social para que seja evitada a propagação da doença.

O pequeno David Phillip Vetter sentiu o isolamento na pele nos anos 70, após ser diagnosticado com uma doença chamada imunodeficiência combinada severa (SCID na sigla em inglês).

O irmão de David, David Joseph Vetter III, havia nascido com a mesma patologia, e faleceu aos 7 meses de idade.

Os pais de David Phillip temiam pelo destino do segundo filho. A enfermidade dos filhos do casal David Joseph Vetter Jr e Carol Ann Vetter causa uma desordem no sistema imunológico, prejudicando a defesa do organismo a doenças infecciosas.

Para sobreviver à doença hereditária que tirou a vida do irmão, David Phillip precisou passar toda a sua vida em isolamento, desde o seu nascimento, quando foi retirado do útero de sua mãe e colocado em uma câmara totalmente esterilizada.

Ao longo de sua vida, o menino ficava dentro de uma bolha plástica, que foi adaptada para que ele não tivesse contato com o mundo externo, estando sujeito a vírus ou bactérias.

Após muitos anos vivendo em um hospital, David pôde ir para a casa, mas a família seguia com as rigorosas práticas de higiene, e a criança nunca era retirada da bolha.

Dentro da bolha, uma espécie de câmara esterilizada, o menino recebia alimentos, roupas e brinquedos, todos totalmente higienizados e livres de bactérias.

Em 1984, quando David estava com 12 anos de idade, foi submetido a um transplante de medula óssea.

Sua irmã mais velha, Katherine, foi a doadora.

David não resistiu após a longa batalha e veio à óbito após ser diagnosticado com mononucleose infecciosa.

A história do menino que viveu em uma bolha inspirou várias produções audiovisuais nos Estados Unidos.

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