Etiópia declara estado de emergência após conflitos com milícia no país

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Parlamento da Etiópia, na capital do país Adis Abeba| Foto: Javier Marín/EFEOuça este conteúdo

O governo central da Etiópia declarou estado de emergência nesta sexta feira (4), após o aumento das tensões entre a milícia Fano, ex-aliada do exército federal, e as tropas etíopes no Amhara, região localizado no noroeste do país.

“As atividades ilegais dos grupos armados se tornaram uma ameaça à lei e à ordem na região, um obstáculo para garantir o Estado de direito”, disse o gabinete do primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, em um comunicado.

Por esta razão, o Conselho de Ministros da Etiópia “considerou necessário declarar o estado de emergência” para “controlar a atividade alarmante”, sem mencionar o nome da milícia.

“As atividades de dois grupos armados representam perigos crescentes, dia após dia, para a segurança das cidades e para a segurança nacional”, completa o comunicado.

O governo federal etíope tomou esta medida um dia depois do presidente da região de Amhara, Yelikal Kefale, ter pedido mais ajuda a Addis Abeba, capital da Etiópia, para resolver a crescente “insegurança” na região, distanciando-se da milícia Fano, que contava com a proteção da governo regional e, nas últimas semanas, passou a lutar contra o exército federal.

A violência ronda os bairros de Gojam Oriental e Wollo Norte, ambos em Amhara, onde moradores garantiram à Agência EFE, na última terça-feira (1º), que Fano assumirá ou controlará o aeroporto da cidade de Lalibela, famosa por suas igrejas esculpidas na rocha e classificadas como Patrimônio da Humanidade pela Unesco.

No entanto, o coronel Getnett Adane, porta-voz das Forças de Defesa da Etiópia, negou em declarações à agência que os milicianos tenham tomado o controle do aeroporto.

Por sua vez, a ONG de direitos humanos Centro para o Avanço do Direito e da Democracia (CARD) denunciou o bloqueio de ligações à internet em vários locais da região de Amhara, medida que dificulta a comunicação e a confirmação de possíveis progressos da milícia.

As tensões entre Amhara e o governo federal etíope começaram a crescer, sobretudo a partir de abril, quando a administração central decidiu dissolver o grupo Fano, apoiado pelas autoridades daquela região, e outras forças militares do país para integrá-las ao exército federal ou a polícia. (Com informações da Agência EFE)

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