Saiba o que disse à polícia o homem que matou o próprio avô de 87 anos com golpes de machadinha na cabeça, em Cerejeiras

Autor do crime disse que “sentiu no coração de ligar para a polícia”.

Embora os detalhes do caso estejam sendo mantidos em sigilo, o FOLHA DO SUL ON LINE ouviu de uma fonte não oficial a versão que teria sido dada à polícia pelo homem de 30 anos que matou o próprio avô com golpes de machadinha (a reportagem anterior informou equivocadamente se tratar de um machado) na cidade de Cerejeiras.

Conforme as primeiras informações divulgadas sobre o crime, o ancião Antônio Pedro Simião, de 87 anos, havia chegado da igreja e foi atacado pelo neto, que enfrenta problemas psiquiátricos, mas não foi revelada a motivação do ataque fatal.

Já a versão que o assassino confesso apresentou foi a de que, no dia do fato, no período da tarde, ele teria sido repreendido pelo avô por queimar folhas no quintal da casa onde os dois moravam. A divergência passou e ambos ficaram no imóvel, o que contraria a informação de que Antônio teria ido à igreja.

De acordo com o relato interrogado, o idoso se sentou no sofá da sala e ligou a TV em uma emissora religiosa. Aparentemente por problemas de audição, ele manteve alto o som do aparelho, o que teria incomodado o neto, que disse ser evangélico, esteve “desviado”, mas voltou a congregar.

Aparentando estar mesmo “fora do normal”, o depoente disse ter ficado irritado porque o barulho das músicas na TV atrapalhava as orações que estava fazendo. Ironicamente, caso sua versão seja confirmada, ele violou mandamentos bíblicos porque suas orações foram interrompidas por canções religiosas.

O investigado contou que chegou por trás e desferiu o golpe, com a ferramenta artesanal relativamente pequena, na cabeça da vítima. Depois, teria dado outro na região da testa do aposentado, que criava o assassino desde que ele era criança. Segundo os exames, embora fossem pequenas, as lesões (todas na cabeça) causadas pelo mesmo tipo de objeto cortante, eram profundas.

Depois de cometer o crime, o homem saiu de casa, deixando o corpo no sofá. Já no dia seguinte, conforme sua narrativa, “sentiu no coração de ligar para a polícia”. Porém, ele também não queria ser preso, por isso seguiu a pé até a saída de Cerejeiras para Corumbiara, onde foi capturado.

O FOLHA DO SUL ressalta que está apenas relatando o que teria sido dito em depoimento, fazendo a ressalva de que as declarações serão checadas levando em conta dos problemas mentais do depoente.

Fonte: Folha do Sul
Autor: Da redação