Paciente ligou para vereador e para a imprensa pedindo ajuda
A falta de troca de informações entre os servidores da Saúde de Vilhena causou transtornos novamente a pacientes que procuraram as unidades em busca de atendimento médico na segunda-feira, 28, e passaram o dia perambulando pela cidade, sendo “jogados” de um lado para outro
Na última semana, o FOLHA DO SUL ON LINE veiculou a situação de uma paciente que, apesar de se sentir muito mal, não conseguia atendimento médico e passou vários dias perambulando pelos postinhos e Unidades de Pronto Atendimento (UPA) do município (LEMBRE AQUI).
Desta vez, dentre os pacientes estava a autônoma Thawana Lorenço de Oliveira, de 25 anos, que precisou apelar para um vereador e para a imprensa, já no período da noite, para conseguir atendimento médico para ela e o sobrinho de apenas dois anos.
Segundo Thawana, que entrou em contato reportagem do site por volta das 19:00h, ela passou o dia a procura de atendimento médico e foi encaminhada para várias unidades, porém, em nenhum lugar havia um profissional que a atendesse.
Em sua busca, por já estar com a pressão muito elevada e seu sobrinho apresentar febre alta e um inchaço na região do pescoço, a mulher relatou que foi maltratada por uma servidora do Hospital Regional, que se dirigiu a ela com arrogância e descaso.
“Disse que ia nos encaminhar para uma policlínica onde tinha 40 vagas e, ao questionar se tinha certeza que iríamos ser atendidos por não agüentar mais ficar rodando pela cidade em busca de ajuda, ela falou que não tinha certeza nem se estaria viva no dia seguinte e virou as costas”, relatou Thawana.
Quando chegou na unidade para a qual foi encaminhada pela servidora do Hospital Regional, que afirmou ter ligado informando sobre a ida dos pacientes para lá, Thawana disse que ninguém sabia, pois já estavam quase fechando e não havia médicos no local.
Revoltada com o descaso, a autônoma ainda teve que suportar a arrogância da médica, que segundo ela só apareceu quando disse que iria chamar a imprensa e ligou para um vereador, que intermediou a situação.
Já na manhã desta terça-feira, 29, antes da divulgação desta reportagem, Thawana entrou em contato com o site e afirmou estar se sentindo muito mal e, mesmo se medicando em casa, por não ter sido medicada na policlínica onde foi atendida e nem no Hospital Regional, terá que retornar e enfrentar a luta novamente em busca de ajuda.
“A médica do Hospital regional bateu boca com todos os pacientes que estavam à espera de atendimento, dizendo que não ia atender, e quando entramos na sala da que o vereador conseguiu, já na policlínica, ela nos maltratou e nem medicação recebemos”, afirmou a mulher.
Thawana, que entra para um grupo grande de pessoas que se queixa de serem maltratadas pelos servidores das unidades de saúde do município, principalmente do Hospital Regional, se diz indignada com a administração da unidade, que não faz para ajudar os pacientes.
“Eu faço um apelo aos novos vereadores que vão assumir, que façam a diferença, porque não é justo o servidor ganhar pra atender a população, que não está ali porque quer, e ainda termos que suportar isso, sem que nenhuma sindicância seja aberta para apurar a conduta dessas pessoas. Até quando vamos ser tratados como cachorros e ninguém vai fazer nada?” concluiu Thawana, revoltada.
O FOLHA DO SUL ON LINE deixa o espaço aberto para que a prefeitura de Vilhena se manifeste em relação às denúncias feitas pela paciente.
Fonte: FOLHADOSULONLINE.COM.BR