Comerciante rondoniense diz que se receber multa de R$ 10 mil por participar de manifestações na BR 364, irá recorrer

“Luto para que o Brasil não caia na mão de bandidos, que já saquearam o Brasil”

Pequeno comerciante que tem intensa militância política pró-Bolsonaro em Vilhena, Adriano Vilhenense é figura conhecida em toda a cidade. Vende acessórios para veículos, mas é um apaixonado por política, já tendo sido servidor municipal e candidato a deputado federal.

Quando começaram as manifestações para contestar o resultado da eleição presidencial vencida pelo petista Lula, Vilhenense, que já se encontrou com Bolsonaro quatro vezes e registrou em fotos, aderiu aos protestos, que se concentraram num trecho da BR 364, na saída para Porto Velho.

Por causa da participação nos protestos, reprimidos em ações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Adriano disse ter tomado conhecimento de que o nome dele está numa relação de pessoas multadas pelos atos. Embora ainda não tenha recebido nenhum documento confirmando a penalização, ele conta que já soube, extraoficialmente, que a multa em seu nome seria de R$ 10 mil.

Além de antecipar que irá recorrer da eventual punição, caso ela seja confirmada, Adriano se defende: “sim, eu me manifestei como qualquer cidadão brasileiro desta pátria. Luto para que o Brasil não caia na mão de bandidos, que já saquearam o Brasil. Todos eles já foram presos e agora estão em liberdade. Vou continuar firme e crendo para que o Brasil sobreviva a esta guerra contra o comunismo”.

Há rumores de que a Polícia Federal instaurou inquéritos para apurar a participação de algumas pessoas em atos violentos e considerados ilegais em Vilhena, como o bloqueio da rodovia e a agressão a caminhoneiros, mas essa informação não foi confirmada pela corporação.

Além de Adriano, outros manifestantes que estavam na rodovia também teriam sido multados, mas o documentos e os valores ainda não chegaram para ninguém. A PRF diz que aplica apenas multas de trânsito, cabendo ao MPF pedir na justiça a penalização de donos de veículos acusados de cometer irregularidades em espaços públicos.

Fonte: Folha do Sul
Autor: Da redação