AGRESSÃO: Vencedora do Baile da Rainha Expojipa denuncia ataques racistas

AGRESSÃO: Vencedora do Baile da Rainha Expojipa denuncia ataques racistas   Rondoniaovivo.com

Reprodução de rede social

Ana Kelle de Jesus, 22 anos, foi a beldade escolhida da vez para ser Madrinha do Rodeio do Baile da Rainha da 42ª Exposição Agropecuária, Comercial e Industrial de Ji-Paraná (Expojipa), que aconteceu no dia 30 de agosto.

  Lábios que se transformam em um sorriso encantador, cabelos longos e olhos castanhos – Ana de Jesus é bonita, charmosa e atraente. Apesar da pompa e borba e da justa conquista do título de Madrinha do Rodeio, Ana foi vítima de racismo.   A criadora de conteúdo digital utilizou as redes sociais para denunciar os ataques racistas. Alguns cafonas, por meio de comentários nas redes sociais, chegaram a dizer que Ana não era merecedora do título de Madrinha por não se encaixar nos ‘padrões do concurso’.

    “Assim que passei na seletiva, falaram que eu só passei por não estar com meu cabelo natural.

Ficaram falando do porquê eu estava lá [no concurso], que meu lugar não era lá por que eu não era padrão e não me adequava ao perfil das meninas”, disse Ana em entrevista à um portal de notícias.

    Ana também apontou que a maioria dos comentários de cunho racista eram feitos, principalmente, por outras mulheres. Três dias após a coroação de Madrinha do Rodeio, no dia 29 de agosto, Ana Kelle recebeu uma mensagem de texto criminosa e racista pelo direct do Instagram.     “Para de se achar um pouco ‘fia’. Deus me livre, macaca feia, horrorosa, se acha demais ridícula”, disse o agressor.

  “Tenho orgulho da minha trajetória, da minha cor e de quem eu sou. Batalho honestamente todos os dias para me manter como sou, não vou negar para vocês. . .

pensei em desistir várias e várias vezes, por sentir a falta da família comigo”, disse a influenciadora em uma publicação em rede social.   Ana Kelle é natural do Acre, e órfã de pai e mãe. Ela se mudou para Rondônia em 2009 quando tinha apenas nove anos. A jovem não tem outra família além de um irmão mais novo.

    “O racismo estrutural é um conjunto de práticas, hábitos, situações e falas presentes no dia a dia da população que promove o preconceito racial. Lei 7. 716 Tornou o racismo crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão. ”, completou a Madrinha do Rodeio.

  A organização da Expojipa, até o momento, não se pronunciou sobre os crimes. Ana Kelle de Jesus segue firme em seu reinado.       <blockquote class="instagram-media" data-instgrm-permalink="https

Fonte: RONDONIAOVIVO.COM