Febre do Oropouche: Amazonas registra 1,6 mil casos e reconhece surto

Febre do Oropouche: Amazonas registra 1,6 mil casos e reconhece surto

Elena Goosen/istock Mosquitos do gênero Culicoides transmitem a febre Oropouche

Após registrar 1.674 casos da Febre do Oropouche neste ano, o governo do Amazonas reconheceu o surto da doença no estado.  A arbovirose tem sintomas semelhantes aos da dengue , como dor de cabeça, muscular, nas articulações, entre outros.

A Febre do Oropouche é transmitida principalmente por um mosquito conhecido popularmente como “maruim” ou “meruim”, que é 20 vezes menor que o Aedes aegypti, responsável por transmitir a dengue.

A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas afirmou que o surto foi reconhecido, na sexta-feira (1º), com base nas orientações fornecidas pelo “Guia para Investigações de Surtos ou Epidemias”, do Ministério da Saúde. As informações foram concedidas ao G1.

A Fundação explicou que um surto de uma doença ou um evento incomum em saúde pública é caracterizado pelo aumento no número de casos além do esperado, o que é o ocorrido com a Febre do Oropouche no Amazonas.


Entenda a Febre do Oropouche

Reprodução/EPTV Mosquito que transmite o vírus da Febre do Oropouche mede 2 milímetros


Febre do Oropouche é principalmente transmitida por mosquitos, com o vírus Orthobunyavirus oropoucheense (OROV) – de onde vem o nome – sendo mantido no sangue desses insetos após picar uma pessoa ou animal infectados.

Os mosquitos podem, então, transmitir o vírus para outras pessoas saudáveis quando picam novamente. Os sintomas são semelhantes aos da dengue e chikungunya, incluindo dor de cabeça, dor muscular, nas articulações, náusea e diarreia. Essa semelhança dificulta o diagnóstico clínico, sendo crucial a vigilância epidemiológica para diferenciação.

Não há tratamento específico para a doença, sendo recomendado repouso, tratamento sintomático e acompanhamento médico. A prevenção é similar à da dengue, com medidas como evitar áreas com muitos mosquitos, usar roupas que cubram o corpo e aplicar repelente nas áreas expostas da pele, além de eliminar possíveis locais de focos de mosquitos.

Fonte: SAUDE.IG.COM.BR