Africa Imagens – CanvaEducadora sexual faz alerta sobre os sinais de desequilíbrio hormonal
A educadora sexual Rosana Cidrão faz um alerta importante: alterações no desejo sexual podem ser o primeiro sinal de que algo não vai bem com o corpo. Em entrevista exclusiva a coluna, ela explica que o desequilíbrio hormonal, o estresse crônico e até a má qualidade do sono interferem diretamente na libido — e que observar essas mudanças é fundamental para preservar a saúde integral. “A libido é um espelho do que acontece dentro do corpo. Quando há desequilíbrio hormonal ou emocional, o desejo é uma das primeiras áreas afetadas. Ele é um sinal clínico, não apenas um aspecto íntimo”, afirma Rosana.
A libido como termômetro da saúde do corpo
De acordo com a educadora, é comum que as pessoas procurem ajuda apenas quando percebem sintomas físicos evidentes, como fadiga, irritabilidade ou ganho de peso. No entanto, a falta de desejo sexual também deve ser encarada como um sinal de alerta. “O corpo fala o tempo todo, e o desejo é uma forma de comunicação biológica. Ele mostra se há energia vital, equilíbrio e bem-estar”, explica.
Rosana destaca que o prazer e a saúde sexual estão diretamente ligados à produção de hormônios como dopamina, oxitocina e endorfina — substâncias responsáveis pela sensação de prazer, vínculo e relaxamento. Quando esses hormônios estão em desequilíbrio, podem surgir sintomas como ansiedade, insônia, tristeza e queda de imunidade. “Durante o orgasmo ou mesmo em momentos de excitação, o corpo libera uma série de substâncias que melhoram o humor e reduzem o cortisol, o hormônio do estresse. Quando a sexualidade é negligenciada, esse ciclo natural de autorregulação é interrompido”, explica.
Prazer e prevenção: o papel da educação sexual
A educadora ressalta que, por isso, a sexualidade deve ser compreendida como parte da medicina preventiva. Diversos estudos apontam que uma vida sexual saudável está associada à melhora do sono, ao fortalecimento do sistema imunológico e à redução do risco de doenças cardiovasculares. “Falar de prazer é falar de saúde. O prazer é fisiológico, natural e necessário. Cuidar da sexualidade é cuidar da saúde mental, emocional e física”, reforça.
Para Rosana, a educação sexual é uma das ferramentas mais eficazes para promover saúde e prevenir doenças. Quando as pessoas aprendem sobre o próprio corpo, compreendem que o desejo, o prazer e a libido fazem parte de um sistema complexo que precisa de atenção e equilíbrio. “Educar sexualmente não é falar de sexo. É ensinar sobre o corpo, sobre hormônios, sobre como o estresse e a alimentação interferem nas nossas respostas físicas e emocionais”, destaca.
Ela também aponta que é preciso quebrar o silêncio sobre o tema dentro dos consultórios médicos. “O paciente fala sobre dor de cabeça, cansaço, insônia, mas raramente menciona a falta de libido. E o profissional muitas vezes não pergunta. Esse diálogo precisa existir, porque a saúde sexual é uma das chaves para compreender o estado geral do corpo”, conclui.
Reprodução InstagramEducadora sexual Rosana Cidrão
Com uma visão que une ciência, sensibilidade e educação, Rosana Cidrão reforça que a sexualidade é parte essencial da vida saudável — e que ouvir os sinais do próprio corpo é o primeiro passo para manter o equilíbrio físico e emocional.
Fonte: SAUDE.IG.COM.BR