Google passa por julgamento antitruste nos Estados Unidos

Google passa por julgamento antitruste nos Estados Unidos

Unsplash/Pawel Czerwinski Nesta quarta-feira (13), a empresa enfresta o segundo dia de julgamento

A empresa  Google segue no segundo dia de julgamento antitruste, movido pelo Departamento de Justiça dos EUA, nesta quarta-feira (13). Segundo as acusações, a  bigtech teria abusado da posição de dominância nos serviços de busca de pela internet, e gerado um perfil de  monopólio digital utilizando de práticas ilegais.

O  Google é responsável, atualmente, por 90% dos serviços em terras estadunidenses, que, segundo o Departamento de Justiça, teria sido mantido após acordos de distribuição anticompetitivos e excludentes. Isso teria gerado uma padronização nas opções de ferramentas de pesquisa em navegadores, smartphones, computadores, etc.

Segundo o procurador do Departamento de Justiça, Kenneth Dintzer, a bigtch teria desembolsado mais de US$ 10 bilhões por ano para manter essa “posição privilegiada”. O dinheiro era destinado às fabricantes de dispositivos, empresas de telecomunicações (como a AT&T) e a fabricantes de navegadores (como a Mozilla ).

Dintzer ainda afirmou que a empresa seria responsável por manipular os leilões de anúncios, o que gerava um aumento nos preços aos anunciantes. “Há duas décadas, o Google se tornou o ‘queridinho’ do  Vale do Silício como uma startup com uma forma inovadora de pesquisar na Internet. Mas esse Google desapareceu há muito tempo. O Google de hoje é um guardião monopolista da internet e uma das empresas mais ricas do planeta”, diz a acusação.

A acusação pede que o Google seja considerado ilegal, com a empresa sendo forçada a cessar as práticas de abuso e que sejam adotadas “quaisquer outras medidas preliminares ou permanentes necessárias e apropriadas para restaurar as condições de concorrência nos mercados afetados pela conduta ilegal do Google”.

Segundo dia de julgamento

Nesta quarta-feira, o segundo dia de julgamento ocorreu com o  Departamento de Justiça questionando o ex-executivo da empresa, Chris Barton, sobre os supostos acordos bilionários. Ele esteve no Google entre 2004 e 2011, e disse que a bigtech percebeu rapidamente sobre as vantagens do uso do pesquisador nos dispositivos portáteis. Com isso, houve uma crescente na busca por fechar os acordos para conseguir vencer a inadimplência. As informações foram coletadas pela agência de notícia, Reuters.

Segundo o governo norte-americano, a influência do  Google nas buscas ajudou a empresa a construir um monopólio em alguns aspectos relacionados a publicidade em buscas online. 

Segundo Barton, nos acordos era garantido a exclusividade do Google como ferramenta de pesquisas nos smartphones Android, argumentando que caso o aparelho tivesse como padrão o  Bing da Microsoftisso causaria dificuldades para o usuário conseguir encontrar ou mudar para o Google.

Primeiro dia de julgamento

O advogado da bigtech, John Schmidtlein, afirmou durante o primeiro dia de julgamento que o governo errou ao dizer que a empresa violou a lei para manter a parcela que possui no mercado. Segundo ele, a ferramenta é de extrema popularidade devido a sua qualidade, sendo os pagamentos uma compensação justas aos parceiros.

O governo chamou o economista do Google Hal Varian, para testemunhar na última terça-feira (12). Ele foi questionado sobre as discussões internas acerca da importância de uma escala e da padronização das páginas iniciais serem o Google. 

A ação foi inicialmente apresentada em 2020 contra a Alphabetempresa que gere o Google. As acusações rodam suposto abuso ilegal de poder para a supressão da concorrência. 

Fonte: TECNOLOGIA.IG.COM.BR