Qualquer pedido de autópsia em Portugal "será apreciado" pelo MP

Qualquer pedido de autópsia em Portugal

“Qualquer pedido que chegue será apreciado”, disse Lucília Gago ao ser questionada pelos jornalistas sobre o pedido da família de João Rendeiro para que seja realizada uma autópsia em Lisboa, por suspeitas de que possa haver crime relacionado com a morte do antigo presidente do BPP numa prisão da África do Sul.

A PGR, que falava à saída do Seminário “Crianças Vítimas de Abuso Sexuak: Conhecer Mais para Agir Melhor”, ainda foi questionada sobre se a realização da autópsia em Portugal está, ou não, dependente de autorização expressa do MP para o efeito, mas não deu resposta à dúvida levantada.

Entretanto, a família de João Rendeiro pediu na quarta-feira ao Instituto Nacional de Medicina Legal para fazer uma autópsia ao corpo do ex-banqueiro, que chega na sexta-feira de manhã a Lisboa proveniente da África do Sul, disse hoje a advogada da viúva.

Em declarações à Lusa, Inês Montalvo referiu não ter recebido ainda a resposta do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF) a confirmar o deferimento do pedido e justificou a necessidade da autópsia por considerar que há “vários indícios de que se tratou de um crime”.

A advogada de Maria de Jesus Rendeiro (viúva) disse que a família não teve informação oficial sobre a realização da primeira autópsia nem dos resultados da mesma, efetuada na morgue de Pinetown (Durban), pelo que considera que “esta será a primeira autópsia”.

“Esta é uma questão importante para a família, que pretende esclarecer se a morte resultou de um crime”, afirmou Inês Montalvo, acrescentando que existe uma “suspeita genérica” de homicídio e que “esta é a última oportunidade que a família tem para esclarecer o sucedido”.

A advogada indicou ainda que a prisão de Westville, onde João Rendeiro estava detido desde dezembro de 2021, “era muito violenta” e as informações de que o antigo presidente do BPP “foi ameaçado de morte várias vezes”.

Argumentou que “as condições de lugar e de modo” em que ocorreu a morte de João Rendeiro, em Durban, “são as menos prováveis” para configurar um suicídio.

A retirada do corpo da morgue estatal sul-africana em Pinetown, subúrbios de Durban, onde permaneceu mais de duas semanas, ocorreu na tarde de sexta-feira e a transferência para Joanesburgo decorreu no dia seguinte, conduzida pelas autoridades portuguesas na África do Sul.

João Rendeiro, de 69 anos, foi encontrado morto no dia 12 de maio e deveria ser presente em tribunal na manhã seguinte.

O antigo presidente do BPP estava detido na África do Sul desde 11 de dezembro de 2021 a aguardar extradição, após três meses de fuga à justiça portuguesa para não cumprir pena em Portugal.

Leia Também: Família de Rendeiro pede 2.ª autópsia. “Vários indícios de que foi crime”

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Fonte: NOTICIASAOMINUTO.COM