Washington considera "indesculpáveis" comentários de Orban

Washington considera

“Retórica desta natureza é indesculpável” mais de “75 anos depois do Holocausto”, sublinhou o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, citando uma declaração de Deborah Lipstadt, representante especial de Washington sobre o antissemitismo.

Num discurso proferido no sábado na Transilvânia romena, onde reside uma grande comunidade húngara, o líder nacionalista, conhecido pela sua política anti-imigrantes, rejeitou a existência de uma sociedade “multiétnica”.

“Não queremos pertencer a uma raça mestiça”, que se mistura com “não-europeus”, afirmou na altura.

Os países “onde coabitam povos europeus e não-europeus já não são nações. Não passam de conglomerados de povos”, defendeu Viktor Orban, que já tinha feito comentários semelhantes, mas sem usar o termo “raça”.

O Governo húngaro defendeu-se na terça-feira alegando, através do seu porta-voz o que considerou ser “uma má interpretação” das declarações do primeiro-ministro por “pessoas que claramente não entendem a diferença entre a mistura de diferentes grupos étnicos na esfera do judaísmo-cristianismo e a mistura de povos de diferentes civilizações”.

Orban também fez alusão às câmaras de gás do regime nazi, criticando o plano de Bruxelas de reduzir em 15% a compra de gás da Europa à Rússia.

“Não vejo como podem forçar os Estados-membros a fazê-lo, embora haja ‘know-how’ alemão nesta área, como o passado já demonstrou”, ironizou.

Já esta quinta-feira, o primeiro-ministro húngaro defendeu um “ponto de vista cultural” húngaro, após o seu discurso polémico.

“Às vezes falo de uma forma que pode ser mal entendida, mas pedi ao chanceler (Karl Nehammer) que colocasse a informação num contexto cultural”, disse, numa conferência de imprensa em Viena no âmbito de uma visita à Áustria.

“Na Hungria, estas expressões e frases representam um ponto de vista cultural e civilizacional”, referiu.

Desde o seu regresso ao poder, em 2010, Viktor Orban transformou o seu país, implementando reformas baseadas na “defesa de uma Europa cristã”.

Em particular, tem como alvo migrantes de África e do Médio Oriente e ONG que os ajudam, endurecendo o direito ao asilo e erguendo barreiras fronteiriças.

Leia Também: Orbán defende “contexto cultural” após polémica sobre “mistura de raças”

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Fonte: NOTICIASAOMINUTO.COM