Laurindo Aleixo da Rocha tinha 79 anos e após ser infectado pelo coronavírus precisou ser internado em um hospital de campanha, em Heliópolis, mas acabou vindo a óbito. O idoso foi sepultado ‘por engano’, no lugar de outra pessoa e deixou a família revoltada.
“Bateu uma revolta muito grande porque a gente queria ter feito um enterro digno para o nosso pai“, disse o filho do senhor Laurindo. Eder Aleixo é caminhoneiro, tem 37 anos e não se conforma com o que aconteceu.
O sepultamento do senhor Laurindo deveria ter acontecido nesta última segunda-feira (27), mas quando o filho foi ao hospital para fazer o reconhecimento do corpo, não encontrou o pai.
No caminhão frigorífico estava um outro nome e foi então que Eder descobriu que seu pai foi enterrado por outra família no Vila Formosa.
A administração do hospital de campanha é feita pela Secretaria Estadual de Saúde e a troca de corpos foi confirmada pela mesma. A SES divulgou um comunicado lamentando o ocorrido e explicou que houve uma falha no serviço funerário, que não teria feito a conferência dos corpos.
Eder ficou revoltado e registrou um boletim de ocorrência. Ele contou ao portal G1 que foi questionar as autoridades para saber onde estava o corpo de seu pai, e foi quando descobriu que o senhor Laurindo já havia sido sepultado.
“Meu pai foi enterrado enganado, por engano, como se fosse outra pessoa. Fui reconhecer o corpo para sepultar e quem estava lá não era o meu pai“, desabafou o motorista.
Ainda de acordo com Eder, o hospital demorou cerca de 15 horas para contar o que aconteceu e que a verdade foi dita somente após a família ameaçar chamar a imprensa.
O hospital de campanha de Heliópolis tem registrado o maior número de mortos por Covid-19 entre os demais hospitais da campanha na capital de São Paulo. Até o dia 20 deste mês foram 78 mortes decorrentes do coronavírus.
I7 News