Quase um ano depois do lançamento nacional do PIX, 91 ocorrências foram registradas em Rondônia com a natureza do crime de roubo pelo aplicativo de pagamento instantâneo.
O levamento foi feito pelo g1 através da Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec).
Conforme apontam os dados, Porto Velho lidera o ranking com 59 ocorrências registradas com a natureza de roubo por meio do PIX. Na segunda posição está a cidade Ji-Paraná, com 11.
O relatório ainda indica que das 91 ocorrências que constam no sistema desde novembro do ano passado, 78% foram registradas nos nove primeiros meses de 2021.
Abaixo, veja na tabela o número de ocorrências registradas em 2020 e 2021 pela Sesdec.
Ocorrência de roubo por meio do PIX em Rondônia
Município | Ano | N° de ocorrências |
Porto Velho | 2020 | 12 |
Porto Velho | 2021 | 47 |
Ji-Paraná | 2021 | 11 |
Rolim de Moura | 2021 | 9 |
Ouro Preto do Oeste | 2021 | 9 |
Teixeirópolis | 2021 | 3 |
Fonte: Sesdec
Número de roubo pode ser maior
O número de casos de roubo por PIX pode ser bem maior do que o registrado pela Sesdec em um ano. Isso porque várias pessoas que perdem dinheiro em golpe não registram boletim de ocorrência.
Rosimara Marcolino, de 33 anos, é uma das vítimas que não procurou a polícia após ser roubada de forma virtual.
Em entrevista, a mulher conta que é acostumada a fazer compras pela internet e recentemente uma loja virtual no Instagram chamou sua atenção. Ela decidiu fazer o primeiro pedido na loja chamada Império Modas e, mesmo tendo cautela, acabou caindo em um golpe.
“Analisei o perfil, vi que tinha muitos seguidores e nenhuma reclamação. No próprio perfil fui encaminhada a um número de WhatsApp. Lá conversei com a possível dona. Adquiri as peças e fiz o PIX. Na hora que o dinheiro bateu na conta dela, ela me bloqueou”, conta.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2021/A/B/gX5tI4T0APXMmz81Fqtg/56025e25-b0d1-4c58-9b22-b35bb6295e2b.jpg)
Mais de 90 ocorrência foram registradas por crimes de roubo por meio de PIX em Rondônia — Foto: reprodução
Usando um outro número, já que o primeiro estava bloqueado, Rosimara diz ter falado novamente com a pessoa e cobrou o fato da loja ter cancelado a conversa.
“A pessoa disse que ira me enviar as peças. Mas eu falei que ela nem sabia quem eu era e que eu iria denunciá-la”, relembra.
Ainda de acordo com a vítima, o nome da pessoa que aparece após colocar a chave do Pix é diferente do nome da loja, mas Rosimara confessa que ainda fez o boletim de ocorrência.
G1/RO