Nova cepa do coronavírus é identificada no Estado do Rio

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) do Rio identificou uma nova linhagem do coronavírus no município de Porto Real, na divisão com o Estado de São Paulo. A cepa P.5 é originária da B.1.1.28 e tem a mesma estrutura da original, mas com mutações no spike, a coroa do vírus que se liga à célula.

De acordo com a SES, a identificação ocorreu através de monitoramento genômico em meados de abril. A secretaria informou que 19 casos dessa cepa já foram localizados no Estado de São Paulo e que, até o momento, não é possível afirmar que ela seja mais letal ou transmissível. O Estadão entrou em contato com a secretaria estadual de São Paulo, mas ainda não obteve resposta.

Ainda segundo a SES, os dados do monitoramento mostram que a linhagem P.1 (Brasil) continua sendo a mais frequente no Estado. Além disso, registrou uma baixa frequência da VOC B.1.1.7 (Reino Unido) e declínio da P.2 desde novembro do ano passado.

Estado em bandeira amarela

A maior parte do Rio de Janeiro está em bandeira amarela, o que indica risco baixo de contrair o novo coronavírus, segundo boletim divulgado pela secretaria de saúde local na última sexta-feira, 18.

Apenas as regiões centro-sul e metropolitana I estão em bandeira laranja. Duas áreas estão com sinalização vermelha, a baía da Ilha Grande e o noroeste do Estado.

A análise considera a semana de 30 de maio a 5 de junho e compara com a semana de 16 a 22 de maio. Entre os intervalos, o Estado apresentou redução de 18% no número de óbitos e queda de 30% nas internações por síndrome respiratória aguda grave (SRAG).

Capital não registra casos da variante Delta

O último boletim epidemiológico divulgado pela prefeitura do Rio informa que 15 novos casos de variantes do coronavírus foram identificados na cidade ao longo da última semana. Destes, nove são de moradores locais e nenhum da variante Delta, originalmente identificada na Índia.

Desde o primeiro registro de novas variantes, o município contabiliza 619 casos com as alterações, sendo 500 residentes e em sua maioria infectados com a P.1.

Fonte: terra