Alzheimer x covid-19; estudos apontam que pacientes com alzheimer podem ter 3 vezes mais complicações

Pesquisadores brasileiros realizaram um estudo sobre a relação de pacientes que sofrem com demência e a sua relação com a infecção provocada pelo vírus da Covid-19. O professor de química da USP – Universidade Federal de São Paulo, Sergio Verjovski-Almeida, e o professor de Biofísica da UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Sergio Ferreira, chegaram a conclusão que os pacientes que sofrem de Alzheimer tem o risco três vezes maior de infecção pelo coronavírus do que os que não tem essa condição.

Ainda conforme o estudo, os portadores de demência têm maiores riscos de serem internados por causa da Covid e de desenvolver uma forma mais grave da doença. A chance de óbito desses pacientes é duas a três vezes maior quando comparado as pessoas sem essa condição e que foram hospitalizados.

A pesquisa aponta um possível novo grupo de risco para a Covid-19 e revela a urgência dos serviços de saúde dedicarem uma atenção especial aos indivíduos que são portadores de enfermidade degenerativas do sistema nervoso. A demência é descrita como um conjunto de sintomas de doenças que são degenerativas, que acaba implicando de forma progressiva a perda de funções importantes do corpo, como a cerebral, memória, habilidade cognitivas e o raciocínio.

Um dos tipos mais comuns de demência é a doença de Alzheimer. Ela compromete a memória, sendo o principal fator encontrado pelos estudiosos para explicar a observação dos casos mais graves de coronavírus em pessoas idosas. Os pesquisadores analisaram uma larga escala de informações usando o banco de dados do Reino Unido.

Os especialistas acreditam que possa haver um aspecto genético da doença de Alzheimer que acabe agravando de forma significativa o indivíduo que contrai o vírus da Covid-19. Por isso, os pesquisadores destacam a importância de um atendimento direcionado a esse grupo. Ainda não se sabe de forma clara como o Alzheimer pode piorar os quadros clínicos do coronavírus. Sergio Verjovshi-Almeida destaca que talvez uma raiz genética esteja por trás dessa relação.

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