Em Cacoal, vereador pede CPI para investigar supostas 30 mortes em 7 meses no Centro de Hemodiálise

Ao usar a tribuna da Câmara de Cacoal na sessão ordinária desta segunda-feira, 18, o vereador Valdomiro Corá (MDB) solicitou ao presidente da Casa de Leis, João Paulo Pichek (PR), a criação de uma Comissão Parlamentar  de Inquérito (CPI) para investigar as supostas 30 mortes ocorridas nos últimos 7 meses no Centro de Hemodiálise desse município

.A denúncia foi oficializada pelo vereador Paulo Henrique dos Santos Silva (PTB) na mesma sessão. “Esta Casa precisa cobrar do prefeito, da secretária de Saúde e demais responsáveis, uma explicação sobre essas denúncias, e o sobre o que pode ser feito para que esta situação, que é muito séria, se resolva”, cobrou Corazinho.

Na ocasião, Paulo Henrique assegurou que já falou com profissionais da área, e deixou claro que a denúncia e tão grave que o Ministério Público (MP) já está tomando providências em relação ao assunto.

“O laudo comprova que a contaminação está no bico, dentro da máquina, por falta de manutenção. Um bico custa em torno de R$ 1 mil, mas a Prefeitura não trocou nos últimos 7 meses. A empresa anterior trocava mensalmente, mas isso não foi feito na atual gestão”, reforçou o vereador autor da denúncia.

Ele lembrou que o contrato com a empresa que prestava o serviço venceu em maio deste ano, e questionou: “como que o dinheiro do Governo Federal continua caindo na conta da empresa, e a Prefeitura administrando a pessoa jurídica da empresa e a conta bancária sem renovar o contrato?”.

ÁUDIO CONFIRMA

Em áudio divulgado amplamente na tarde desta segunda-feira nos grupos de WhatsApp WhatsaAp, a empresa que administrava anteriormente o Centro de Diálise de Cacoal confirmou as 30 mortes ocorridas nos últimos 7 meses ao vereador Paulo Henrique e assegura que, desde que a atual Administração Municipal assumiu o serviço, os filtros das máquinas que servem para evitar impurezas, não foram mais trocados.

“A contaminação dos bicos das máquinas, é um fator incontestável constatado no Laudo, e a demissão de funcionários para contratação de pessoal sem experiência na área, pode ser uma das causas de contaminação também”, confirma o médico no áudio, denunciando também falta de aquisição de novos cateteres para realização da hemodiálise como outro fator que pode ser agravante para as mortes.

De acordo com o médico, o caso foi denunciado pelas médicas responsáveis ao Ministério Público Ao fazer uso da Tribuna, o presidente da Câmara disse que não considera necessária a instalação de uma CPI para investigar o caso, e apenas solicitou a Comissão de Saúde do Legislativo que verifique a situação para averiguar a veracidade das informações, “e caso outros vereadores queiram, podem acompanhar a Comissão em uma visita ao local”.

Por Assessoria CMC