FreePik Calmante? Veja 5 dicas para fazer uma boa viagem com os pets
Viajar demanda uma infinidade de processos para conseguir se organizar e fazer um passeio tranquilo e saudável. O mesmo vale para o transporte dos pets, que necessitam de cuidados especiais para fazer uma viagem. Pensando nisso, o Canal do Pet conversou com o adestrador de cães dos famosos, Willian Almeida, conhecido como Russo Adestrador, para você fazer uma boa viagem neste feriado prolongado de Corpus Christi.
1º – Tenha atestado e caixa apropriada para transporte de animais
Para uma viagem, seja de carro ou avião, é necessário que o animal tenha um atestado veterinário que indique que ele possa viajar. “Se não tiver o atestado, o policial pode multar a pessoa”, explica. Outro ponto importante é uma caixa de transporte confortável para o pet. “Para a segurança do pet, é necessário viajar em caixas de transporte adequadas, como as usadas em aviões.”
“Para o avião, é importante acostumar o cachorro à caixa de transporte. Cada empresa aérea tem requisitos específicos para o transporte de animais, então o primeiro passo é entrar em contato com a empresa para verificar as exigências quanto ao tamanho e peso do cachorro, e os requisitos de água e alimentação, já que o pessoal da companhia cuidará disso. Ensine o cachorro a beber no bebedouro de avião, que libera água em gotas. Além disso, faça o cão se acostumar a se alimentar dentro da caixa de transporte”, aconselha Russo.
Já nas viagens de carro, é crucial que o cão se adapte ao carro e não tenha medo de viajar. Cinco dias antes da viagem, comece colocando o cachorro na caixa de transporte dentro do carro e dê uma volta no quarteirão. Aumente gradualmente o tempo no carro até o dia da viagem. Isso ajudará o cachorro a se sentir mais confortável e a viagem não será assustadora para ele.
“Recompense o cão sempre que ele estiver calmo dentro da caixa de transporte. Se o cão arranhar ou morder a grade da caixa, corrija-o com comandos verbais como ‘não’ ou ‘não faça isso’. Por outro lado, quando o cão estiver tranquilo, converse com ele de maneira positiva para que ele associe o comportamento calmo com recompensas e atenção.”
2º – Devo alimentar o pet antes de viajar?
O adestrador ressalta que o ideal é que o animal seja alimentado 5 horas antes do início da viagem, para evitar que o pet passe mal durante o trajeto. “ Não é recomendável alimentar o pet imediatamente antes de viajar. Ele não vai passar fome por isso e não vai passar mal. Pelo contrário, se ele enjoar, só sairá água, evitando que o carro fique sujo com comida e ainda é melhor para o pet.”
Sobre hidratação, Russo explica que é necessário fazer paradas durante o percurso. O animal não vai conseguir beber água com o carro em movimento. “Normalmente, ele não vai querer beber água dentro do carro, pois não sabe quando será a próxima parada para ir ao banheiro.”
3º – De quanto em quanto tempo devo parar o carro?
Russo explica que devem ser feitas paradas de duas em duas horas, podendo estender, no máximo, até quatro horas entre as pausas. “Pare o carro em postos de gasolina ou áreas apropriadas para uma pausa. Tire o cachorro para fazer xixi e cocô, se necessário, para esvaziar a bexiga e o intestino dele. Assim, após algumas horas de viagem, pare por uns 10 minutos em uma área adequada para ele se aliviar. Ofereça água fora do carro, ele beberá mais à vontade e depois poderá voltar para a caixa de transporte”, explica o adestrador.
4º – Tenho que dar calmante para meu pet ficar tranquilo na viagem?
O especialista é categórico em afirmar que se trata de um assunto voltado apenas para médicos veterinários, não podendo, em hipótese alguma, dar remédios para os pets sem uma receita. “Existem cães que sofrem de ansiedade, e apenas o médico veterinário pode medicar, examinar ou oferecer tratamento para esses animais. Nenhuma pessoa deve medicar um cão sem a prescrição de um veterinário. O veterinário avaliará o animal, levando em conta o histórico das viagens e outros fatores, e poderá indicar ou receitar algum remédio para melhorar a condição do cão, reduzindo a ansiedade e evitando problemas como vômito durante a viagem. Apenas o médico veterinário pode fazer isso, e não um adestrador ou outra pessoa.”
Para conseguir diminuir a ansiedade do animal e deixá-lo mais tranquilo, o adestrador aconselha que os tutores brinquem com e estimulem os pets a gastarem energia, como passeios longos e brincar de bolinha uma hora antes da viagem. “Brincar e passear com o pet antes da viagem ajuda muito, pois ele provavelmente vai dormir durante a viagem. Se for uma viagem de carro, o ar condicionado ajuda o pet a ficar mais confortável do que com os vidros abertos, pois ele não verá as coisas passando rapidamente, o que pode causar mais ansiedade.”
5º – Fique de olho em como está o pet!
O tutor deve sempre ficar atento a como o animal está na caixa de transporte. Qualquer sinal de um possível sinal de estresse deve ser analisado com cautela para que a viagem seja boa. Mas Russo afirma: “Não pare o carro imediatamente ou dê atenção excessiva ao cachorro. Se você dá atenção a um pet nervoso ou ansioso, ele entende isso como um reforço. Isso é negativo para você e positivo para o pet, pois ele aprende que chorar, latir, babar muito ou passar mal fará com que você abra a portinha do transporte ou pare o carro. Assim, ele pode agravar esses comportamentos.”
O ideal é procurar um posto perto de um médico veterinário, ou entrar em alguma cidade para uma consulta para o pequeno. Isso deve ser feito nos casos mais sérios, em que o pet esteja passando muito mal.
“Para minimizar o estresse, cubra a caixa de transporte com um pano escuro. Isso cria um ambiente mais calmo e escuro, onde ele não verá o que está acontecendo fora do transporte, como árvores passando, pessoas, frentistas ou motos. Isso ajuda muito a reduzir o estresse”, finaliza o adestrador.
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Fonte: CANALDOPET.IG.COM.BR