SAUDOSOS PARTICIPANTES – MOMENTO LÍTERO CULTURAL
1-JOSÉ AILTON FERREIRA “BAHIA” – Porto Velho, RO – 15. 8. 1991 – Nº 001.
Meus versos, pobres vadios
Nada conseguem dizer de ti
Talvez por serem tão arredios
Como poeta jamais sobrevivi.
2-JAYME FERREIRA – Porto Velho, RO -26. 9. 1991 – M. L. C.
Nº 007
Há duas irmãs e almas gêmeas
As irmãs se separam e vão se. . .
As gêmeas, vão se,. . .
Nas nunca se separam.
3-KLEON MARYAN – Porto Velho, RO 22. 12. 1991 – M. L. C. Nº 019.
Lutar cotidianamente contra
“Forças invisíveis” que nos esmagam
É questão de honra, de sobrevivência.
4-BENVINDO PEREIRA – Porto Velho, RO – 14. 01. 1994 – M. L. C.
Nº 128
O TEMPO
O monótono
quadrilátero
da janela,
emoldura ao longe,
inerte paisagem,
por onde o tempo,
moldura da vida
escorre
lentamente,
pelo túnel das horas.
5-NILTO MACIEL – Brasília, DF – 6. 02. 1992 – M. L. C. Nº 026.
REFRAÇÃO
Antigamente eu era grande,
muito grande.
tocava as estrelas
com as pontas dos dedos
e elas, de tão tímidas,
até se apagavam.
6-CECÍLIA FIDELLI – Curitiba, PR – 25. 6. 1992 – M. L. C. Nº046.
Na cidade,
contemplo lâmpadas,
como se fossem estrelas.
Na mata,
contemplo a natureza,
como no cinema.
7-ZANOTO (JOSÉ DE SOUZA PINTO) – Varginha, MG – 29. 7. 1994 – Nº 162.
SEM REGRESSO
Antigas casas,
arvores, ipês,
ruas asfaltadas,
tudo submerso sob a chuva. . .
a paisagem, então,
tornou-se frágil, triste,
nela não apareciam flores
nem fantasias.
Eu olhava para dentro dela,
com os olhos de uma solidão
de sempre, sem regresso.
8-JACK RUBENS – Porto Alegre, RS – 01. 4. 1995 – M. L. C. Nº 207.
DESEJO
Quero o teu corpo nu
sob a lua
tecendo sobre ele
uma túnica de beijos.
9-ARTUR DA TÁVOLA – Brasília, DF – 30. 6. 1992 – M. L. C. Nº 051.
*Todas as vidas que temos dentro não cabem em todo o tempo de nossa vida.
*cada momento é sempre novo. Nós é que não somos novos a cada momento.
*As mulheres conduzem o mundo porque conduzem o sentimento do mundo.
*Quem ganha o logo perde o sempre.
10-MARIAZINHA CONGÍLIO – Jundiaí, SP – 23. 8. 2002 – L. C. Nº 580.
EMBRIAGUEZ
Tendo a areia por colchão
Rendada espuma por lençol
As estrelas me cobriam
Pois do céu fiz meu teto
Tendo o mar por companheiro
A praia foi o meu quarto
Luz, deu-me o luar
Alimentei-me de silêncio
Para beber solidão.
11-ROSEMARY LOPES PEREIRA – Apucarana, PR – 01. 7. 1994 – Nº 158.
*Trago flores. Colhidas nas madrugadas. Depois do sereno e antes do orvalho.
*Adormeço nos braços do amanhecer.
*Toquei as estrelas com os dedos da alma.
*Escancaro tuas janelas e tomo conta dos aposentos dos teus sentimentos.
*Voltar sempre inteira. De todas as batalhas. De todas as podas e sangrias. Aprendi com a primavera. A voltar refeita.
Com a mesma canção nos lábios.
12-ILMA FONTES – ARACAJU, SE – 8. 7. 1994 – M. L. C. Nº 159.
A paixão revigora o coração dos aflitos
E justifica os dias dos distraídos
Diz traídos
A paixão é uma solidão a dois
O amor ( ? ) chega depois. . .
13-AMÉLIA SPARANO – Rio de Janeiro, RJ – 10. 03. 1995 – M. L. C. Nº 204.
AREIA
Nos olhos a praia inteira.
Na mão punhado de areia.
Na mão punhado de sonhos.
Mão cheia,
Mão vazia.
Vida, sonhos e sonhos. . .
Punhado que se esvazia.
14-TOBIAS PINHEIRO – Rio de Janeiro, RJ – 17. 03. 2000 – M. L. C. Nº 464.
ORAÇÃO DOS INJUSTIÇADOS
Senhor, a fasta do meu caminho
os juízes que não têm toga
e não permitas, ó Pai,
que as togas sejam usadas
pelos que não sabem julgar.
15-NINA DE ALMEIDA – Porto Alegre, RS – 27. 5. 1995 – M. L. C. Nº 217.
ANDANTE
Caminhei pela alvorada da vida,
mastigando estrelas,
ouvindo os cantos dos pardais ao amanhecer,
fatigada, de tantas madrugadas
na espera das promessas,
que emudeceu meu canto.
16-SILVA BARRETO – São Paulo, SP – 17. 8. 1999 – M. L. C. Nº 433.
1.
O amor constitui a principal essência do poeta;
2. Toda poesia deve conter uma mensagem em defesa do bem-estar da humanidade;
3. O Poeta é um amigo da Natureza, quem a destrói, rouba-lhe uma de suas principais fontes de inspiração;
4. O egoísmo, a covardia, a crueldade, a calúnia, a inveja, a avareza e a mesquinhez são sentimentos incompatíveis com a alma do Poeta;
5.
O sofrimento não será motivo para sua derrocada, mas alicerce de onde nascerá seu mundo de sonhos;
6. A luta do Poeta é transcendental porque busca o caminho da perfeição;
7. O problema da vida e o da morte não o devem preocupar porque a poesia o eternizará;
8. A arma do Poeta é a poesia e ela deve ser a guardiã dos indefesos, principalmente das crianças, dos animais e das árvores.
9.
O Poeta tem o dom da premonição, e, por isso, percebe que o homem, cegamente, caminha para a autodestruição
Fonte: RONDONIAOVIVO.COM