Fotos do eclipse, rotação de buraco negro, quilonovas e+

O céu não é o limite!

Daniele Cavalcante O céu não é o limite! | Fotos do eclipse, rotação de buraco negro, quilonovas e

Enquanto as fotos do eclipse lunar do dia 28 de outubro circulavam pelas redes sociais, os cientistas descobriam que o buraco negro supermassivo da Via Láctea gira quase na velocidade máxima permitida pelo universo. Além disso, o Sol voltou a apresentar atividades mais intensas e a NASA divulgou novas imagens de nebulosas.

Confira abaixo essas e outras das principais notícias astronômicas da semana.

As fotos do eclipse lunar parcial

O eclipse lunar parcial do sábado anterior (28) foi visível em sua totalidade por observadores na África, Ásia e Europa. No Brasil, os habitantes do Nordeste tiveram um pouco da experiência, observando o finalzinho do evento. Como não poderia deixar de ser, fotógrafos de todos os lugares publicaram suas imagens .


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Uma publicação compartilhada por Juan Carlos Casado (@juan_carlos_casado)

Além disso, o fotógrafo Juan Carlos Casado tirou a foto acima do Santuário de Puiggraciós, perto de Barcelona, durante um evento público do Clube de Caminhadas da Catalunha. Foram necessárias 40 fotos combinadas para aumentar a nitidez e cores, com um resultado que destaca a riqueza de tonalidades na superfície lunar.

A velocidade de rotação do buraco negro da Via Láctea

Buracos negros giram em altas velocidades, mas existe um limite que, se for ultrapassado, as forças centrípedas os despedaçariam. Ao medir a velocidade de Sagittarius A*, o buraco negro supermassivo no coração da Via Láctea, os cientistas descobriram que ele está muito próximo desse limite .

Na escala de velocidade definida por Albert Einsteinque vai de 0 a 1, o Sagittarius A* está entre 0,84 e 0,96. Mas não se preocupe: ele não vai ficar mais rápido e, portanto, vai sobreviver à sua própria rotação.

Os efeitos destrutivos de quilonovas na Terra

Se uma explosão de quilonova ocorresse perto o suficiente de nosso planeta — digamos, a uma distância de apenas a 16,3 anos-luz —, a vida terrestre seria completamente extinta . O motivo é que a radiação gama emitida por esse tipo de evento destruiria a camada de ozônio da atmosfera, expondo a superficie aos raios ultravioleta do Sol.

Os cientistas descobriram que existem pelo menos três grandes efeitos de uma quilonova próxima da Terra, e o mais prejudicial deles é a interação entre os raios gama, a poeira e gás no meio interestelar. Isso produz emissões poderosas de raios X que duram muito mais tempo do que as próprias emissões de raios gama, capazes de ionizar totalmente a camada de ozônio.

Os bilhões de compostos ainda não descobertos

A invenção da tabela periódica dos elementos trouxe aos cientistas bilhões de possibilidades para criação de novos compostos químicos. Entretanto, só 1% deles foi descoberto ou produzido artificialmente pela humanidade. Entre as principais dificuldades para criá-los, estão as condições necessárias para formar as novas combinações.

Se considerarmos a quantidade de elementos da tabela, é possível produzir 6.903 compostos usando apenas combinações entre dois deles. Usando três átomos diferentes, seriam 1,6 milhão de novos produtos. Contudo, em muitos casos, é preciso reproduzir as condições do espaço sideral em laboratório para criar compostos que só existem em nebulosas, por exemplo.

A nebulosa com formato de mão

No dia 31 de outubro, a NASA publicou uma foto da nebulosa MSH 15-52formada por ventos expelidos por um pulsar de modo que seu formato lembra uma mão fantasmagórica. A publicação pegou carona no clima das comemorações de Halloween e a imagem foi escolhida para combinar com a temática.

As imagens são das emissões de raios X da nebulosa, portanto, observamos formas que não são visíveis aos olhos humanos. Os raios X são produzidos por partículas carregadas que viajam pelos campos magnéticos, determinando assim o formato básico dela.

O filamento solar que explodiu

O Sol voltou às atividades mais intensas após um período de tranquilidade. Desde 31 de outubro, uma série de erupções e ejeções de massa coronal agitam as coisas por lá, como a explosão de um enorme filamento solar no lado sudoeste da estrela. A estrutura formada por uma conexão magnética se rompeu, resultando em uma grande explosão de plasma.

Também houve várias explosões em uma região ativa que apareceu na borda do lado visível do Sol, além de ejeções de massa coronal. Nenhum desses eventos foi forte o suficiente para causar maiores efeitos na Terra.

Os restos do impacto que formou a Lua no manto da Terra

Um novo estudo reforça ainda mais a hipótese de que a Lua se formou por meio de um impacto entre a Terra e um protoplaneta chamado Theia. Os autores mostraram que o manto da Terra parece ter pedaços de rochas de Theiadeixados após o evento.

Ao modelar duas grandes bolhas rochosas no manto inferior da Terra, já conhecidas e estudadas por ondas sísmicas, os autores da nova pesquisa concluíram que elas seriam, na verdade, pedaços de Theia que restaram da colisão. Essas rochas seriam até 3,5% mais densas que o manto, medindo dezenas de quilômetros de largura e representando até 16% da massa do nosso planeta.

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Fonte: TECNOLOGIA.IG.COM.BR