Nove pessoas morrem ao comer carne de tartaruga na Tanzânia

Nove pessoas morrem ao comer carne de tartaruga na Tanzânia

Nathan Vieira Nove pessoas morrem ao comer carne de tartaruga na Tanzânia

Imagine ser hospitalizado em plenas férias por causa de um prato exótico. Foi o que aconteceu com 78 pessoas no arquipélago de Zanzibar, na Tanzânia, ao comerem carne de tartaruga-marinha — uma iguaria local. Outras nove pessoas (oito adultos e uma criança) tiveram um desfecho ainda mais trágico, e morreram. Tudo por causa de uma intoxicação alimentar chamada quelonitoxismo.

A adulta que morreu na noite de sexta-feira (8) era mãe de uma das crianças. Quem confirmou as mortes foi o Dr. Haji Bakari, médico do distrito de Mkoani. Segundo o especialista, os turistas comeram a carne de tartaruga na terça-feira (5).

Foi necessário realizar testes em laboratório para confirmar que todas as vítimas comeram carne de tartaruga-marinha.


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Por causa do ocorrido, as autoridades de Zanzibar enviaram uma equipe de gestão de desastres para orientar que as pessoas parassem de comer tartarugas marinhas .

Pessoas morrem ao comer tartaruga

Um ponto intrigante dessa história é que não é a primeira vez que pessoas morrem após comer carne de tartaruga-marinha. Em 2021, sete pessoas (incluindo uma criança de três anos) morreram na ilha de Pemba, também na Tanzânia, pelo mesmo motivo.

A carne costuma ser consumida por aqueles que vivem nas ilhas e zonas costeiras da Tanzânia, mas em alguns casos, a carne pode ser tóxica provavelmente por causa da algas venenosas que as tartarugas comem. Nessa ocasião anterior, 38 pessoas foram internadas.

O que é quelonitoxismo?

Quem come carne de tartaruga pode ser hospitalizado ou morrer por causa de quelonitoxismo, definido por um material publicado na National Library of Medicine como uma intoxicação alimentar causada pela ingestão de carne contaminada com quelonitoxinas, substâncias que presentes em algumas espécies de quelônios, ou seja, répteis da ordem Testudines (tartarugas, cágados e jabutis).

Segundo o relatório, “inicialmente ocorrem sintomas gastrointestinais, seguidos de toxicidade neurológica, hepática e renal”. Os autores também alertam que bebês amamentados foram afetados por envenenamento materno, e isso também pode levar à morte.

Por isso, “as mães com suspeita de intoxicação por quelonitoxina não devem amamentar até que se recuperem”, conforme orientam os pesquisadores.

A recomendação aos turistas e moradores da Tanzânia é evitar comer carne de tartaruga, como uma forma de prevenir o quelonitoxismo.

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Fonte: TECNOLOGIA.IG.COM.BR