Ministério da Agricultura determina destruição de carnes contaminadas por amônia em frigorífico em RO

A determinação foi feita durante desdobramento da Operação Hiena. Segundo o MP, mesmo após o incidente a carne foi processada como charque e embalada para o consumo.

Todos os lotes de carnes contaminados por amônia nas dependências do Frigorífico JBS devem ser destruídos conforme determinação do Serviço de Inspeção Federal (SIF), órgão vinculado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A determinação foi divulgada nesta terça-feira (18) como desdobramento da Operação Hiena.

A ação foi deflagrada pelo Ministério Público e Polícia Civil no final de abril deste ano, para investigar crimes de perigo comum e contra a saúde pública do consumidor, integridade física e meio ambiente após o vazamento de amônia no frigorífico.

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Segundo o MP, mesmo após o incidente a carne foi processada como charque e embalada para o consumo. O produto contaminado foi apreendido quando já estava no Estado de São Paulo.

Em nota o órgão informou que a cadeia de produção foi violada com a lavagem das carcaças com água clorada, “as quais tiveram contato com o piso e expostas a amônia, propiciando risco sanitário adicional de contaminação química por cloraminas, fruto da reação do cloro presente na água com a amônia presente no produto”, consta na nota.

Além disso, foi feita a emissão da Declaração de Destinação Industrial da carne para transporte, com data retroativa, para supostamente simular que o produto estava regular, mas o Mapa apontou os indícios de falsidade documental.

Quando a operação Hiena foi deflagrada a JBS esclareceu que o lote de carnes não foi comercializado e que todas as informações necessárias estão sendo dadas às autoridades.

“A JBS reitera que seu compromisso com a segurança e a qualidade de seus produtos é inegociável. A companhia esclarece que o lote não foi comercializado, ou seja, não foi destinado ao consumo humano. A JBS está prestando todas as informações às autoridades.”

Fonte: G1