Reprodução/Instagram 26.06.2023 Bruno De Luca e o Pateta a bordo do Disney Magic
Depois de conhecer 54 países, Bruno De Luca tem muita história para contar. Ele é o apresentador do programa “Vai Pra Onde?”, do Multishow, e vive a vida viajando pelo mundo afora, mas estar à frente de uma atração do Grupo Globo não o blinda de passar muitos perrengues em todas as temporadas. O artista conta de maneira enfática que a temporada do Leste Europeu foi a mais difícil e muito desafiadora, ao ponto que “quase desisti do programa”.
“A gente resolveu viajar sem roteiro porque o Multishow estava divulgando um slogan, ‘A Vida Sem Roteiro’. Não marcamos a hospedagem, inclusive. A gente chegava de madrugada nos lugares, não tinha onde dormir. A gente passou muito perrengue. E foi muito desafiador porque não tem como você viajar sem roteiro”, enfatiza de Luca.
“Você pode mudar as coisas durante a viagem, mas ir sem nenhuma programação é muito corajoso e arriscado. É muito caro, você perde dinheiro, perde tempo, fica triste porque fica perdido.”
A partir da experiência, Bruno aconselha aos viajantes mais aventureiros: “Você tem que ter uma garantia de que vai fazer alguma coisa, de que vai ter um hotel para você ficar. Por mais que você mude depois, mas é muita muita burrice fazer isso que a gente fez”, diz o apresentador com franqueza. “A temporada do Leste Europeu foi bem traumatizante”.
Em contrapartida, Bruno ressalta que conhecer a Tailândia e a Austrália, país este que ele já foi duas vezes, foram experiências “muito marcantes”.
“A Austrália foi um destino que eu amei de verdade. Foi uma experiência absurda, mas a temporada da Tailândia foi muito incrível. Eu estava com o meu cameraman, que já trabalha comigo há muitos anos, e com a minha produtora que casou com ele. Hoje em dia eles têm um filho. Eu fui o cupido do casal”, se vangloria Bruno.
Reprodução/Instagram 26.06.2023 Bruno De Luca em Bangkok, na Tailândia, durante temporada asiática do ‘Vai pra Onde?’
“Eu amo destinos de praia, amo ilhas. Eu sou muito da natureza, nasci perto da praia, no Rio de Janeiro, ali na Barra [da Tijuca], então, eu amo destinos de natureza. Essa viagem à Tailândia foi muito mágica e especial porque também os tailandeses são muito cativantes e contagiantes. Eles são budistas, passam paz, e uma bondade. Isso tudo para mim foi muito diferente.”
O apresentador diz ainda que o comportamento dos tailandeses o fez refletir sobre práticas brasileiras: “Estamos acostumados com o Brasil, onde todo mundo quer se dar bem o tempo todo. Vivemos em um mundo capitalista e lá na Tailândia tudo parecia muito uma utopia do que deveria ser um mundo ideal”.
Outro aprendizado que Bruno afirma ter adquirido durante todos esses anos de viagens foi o de “se conectar com as pessoas locais”.
“Saia fora dos pontos turísticos, dos lugares que os brasileiros mais vão porque eu acho que o que você deve conhecer é a essência do lugar e dos habitantes, [que é o que acontece] quando você frequenta os lugares que eles frequentam”, orienta o comunicador.
“Eu amo o Cristo Redentor, mas eu não vou no Cristo toda hora. Eu sou do Rio, então eu vou pra lugares que me fazem bem no meu dia a dia, que eu gosto, como restaurantes, para o point da praia que eu acho mais legal. Eu acho que você conhecer um local, tentar se adaptar e conhecer aquela cultura, é muito bom. Acho que isso é o que faz você enriquecer de cultura e de conhecimento.”
Como inovar depois de 16 anos no ar?
Para que um programa fique quase duas décadas no ar é preciso muita dedicação, consolidação com o público, mas também um pitada de inovação. Bruno conta que a equipe do reality procura os destinos que as pessoas estão querendo ir, mas que se aproximar do público também ajuda a escolher as viagens que melhor vão dialogar com os espectadores.
“Sou um cara que converso muito com o público, principalmente nas redes sociais, e também com os meus amigos, na minha vida pessoal. Estou sempre envolvido com essa galera de viagem e meio que por dentro dos destinos que as pessoas estão querendo ir ou estão indo”, afirma ele.
“A gente sempre tenta ir para lugares diferentes. Tem uma pesquisa de várias pessoas e eu sempre tentei inovar porque já são muitos anos no ar”, acrescenta Bruno. “Já fiz viagem de mochileiro e sem dinheiro. A maioria das temporadas, inclusive, foi ‘sem dinheiro’”, revela o apresentador que também conta que não foram só perrengues que ele e a equipe passaram durante todos esses anos de programa.
“Já fiz temporadas na ‘aba’ dos outros”, brinca ele. “Muitas vezes acontecia de alguém me convidar para ir aos lugares e eu ficava assim ‘eu não posso mostrar isso no meu programa porque o ‘Vai pra Onde?’ é pra mochileiro’. Então a gente resolveu fazer uma temporada só na ‘aba’ dos milionários, o que foi superbacana. Teve até trilha sonora especial do Dih Ferrero, ele cantou a música de abertura”.
Nova temporada na Disney
Bruno embarcou rumo a Orlando, nos Estados Unidos , para realizar as gravações da nova temporada do programa “Vai Pra Onde?”. Nos quatro novos episódios, que foram gravados ao longo de 12 dias e estão previstos para irem ao ar em setembro deste ano, o apresentador irá compartilhar com os espectadores as aventuras vividas a bordo do cruzeiro Disney Magic.
O programa, que teve sua primeira temporada há 16 anos, em 2007, mostra as dificuldades que um turista enfrenta em viagens e explica como encontrar opções baratas de hospedagem e alimentação, além de curtir a noite gastando o mínimo possível. Bruno já visitou diversos destinos nacionais com o show, além de outros países como Japão, Egito, Cuba, África do Sul, Índia, Espanha, Holanda, Bélgica, Dinamarca, além da ilha espanhola Ibiza.
Desde a chegada no Disney Magic, até as paradas em destinos como a ilha privativa da Disney nas Bahamas, Bruno mergulhou de cabeça na experiência.
“Estou vivendo momentos incríveis aqui no Disney Magic, o navio da Disney. Que experiência maravilhosa! É impressionante como eles fazem tudo perfeito, você tem atividades o tempo todo, dá para ficar um mês inteirinho aqui”, afirmou o apresentador nas redes sociais.
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Precursor do modelo “reality trip”, que consiste em uma linguagem semelhante a de reality show em um programa de viagem, Bruno De Luca é referência quando se trata de conteúdos de viagem, tendo inspirado diversos profissionais e jovens a seguirem a mesma carreira. Ao iG Turismoo apresentador reflete sobre o formato do programa.
“Desde 2007, quando começou o programa, eu sempre quis que ele fosse visto como um reality. Apesar do ‘Vai pra Onde?’ ser gravado e não ter câmeras ligadas 24 horas, eu procurei sempre mostrar as coisas da forma mais real possível”, afirma o comunicador, que ainda lembra a “hand cam”, uma câmera de mão que ele usava nas primeiras temporadas “porque os celulares antigamente não tinham câmeras tão boas como hoje em dia”.
“Isso trazia uma proximidade muito grande com o público. Eu pegava a câmera e não precisava de uma equipe para começar a me gravar, não precisava de um cameraman, de um áudio. Eu simplesmente abria a minha câmera e começava a falar o que eu estava sentindo.”
Bruno ainda afirma que acredita que sua coragem de se expor nos momentos de perrengue durante as viagens é o que representa o diferencial do “Vai pra Onde?”.
“As pessoas gostam muito de mostrar o lado bom das coisas e eu comecei a mostrar também [situações como] perdendo voo, perdendo trem, bebendo, de ressaca, chegando atrasado… mostrar que a vida não é tão perfeita fez com que o público se identificasse e abraçasse o programa dessa forma, o que me deixa superfeliz.”
Temporada com a família
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Agora que a nova temporada já foi gravada, Bruno passa férias na Disney com a esposa, a influenciadora Sthéfany Vidal, e a filha do casal, a pequena Aurora, de oito meses. Ele conta que já fez duas grandes viagens desde que a bebê nasceu, uma inclusive no dia seguinte ao nascimento da criança.
“Fui para a Islândia ver a Aurora Boreal . Já era um contrato antigo, antes da Sthéfany ficar grávida, inclusive ela ia comigo nessa viagem. Eram compromissos de trabalho muito importantes, que eu não podia deixar de ir. Foi mais difícil ficar longe da Sthéfany do que da Aurora porque minha mulher tinha acabado de dar a luz e eu acompanhei todo o parto, vi o quanto ela sofreu, o quanto ela deu tudo de si”, conta o apresentador.
Reprodução/Instagram 26.06.2023 Bruno De Luca na Islândia durante o fenômeno da Aurora Boreal
“Eu fiquei muito comovido com a força da mulher, eu fiquei ainda mais apaixonado por ela, então foi difícil ficar longe dela. Eu fiquei triste por não conseguir dar todo o suporte que ela precisava”, acrescenta ele.
A segunda grande viagem que ocorreu depois do nascimento da criança foi essa para Orlando, qual Bruno revela ter sido mais difícil ficar longe da filha porque agora eles têm “uma conexão muito mais forte”.
“Foi muito difícil. A gente não tem babá, a Sthéfany fica muito ocupada, então não consegue me dar toda a atenção que eu quero. Fico muito tenso sem saber como estão as coisas.”
Reprodução/Instagram 26.06.2023 Bruno De Luca, Sthéfany Vidal e a pequena Aurora em Orlando (EUA)
Após conhecer tantos destinos e ter um passaporte invejável, o comunicador relata que nunca imaginou que conheceria o seu amor “em frente de casa”.
“Conheci a Sthéfany em um quiosque perto de casa. Viajei o mundo todo para encontrar minha mulher tão perto”, brinca ele. “Fiz uma temporada viajando com ela, que foi a ‘Vai pra Onde com o Mozão?’, quando ela estava grávida. Foi superbacana. Pretendo sempre continuar trazendo essa vibe da vida real, de trazer o que eu estou vivendo no momento”.
Com a família maior, o viajante conta que quer levar a filha do casal para “tudo quanto é lugar” e que seu espírito aventureiro vem da família: “Meus pais sempre levaram muito eu e meus irmãos pra viajar, sempre gostamos de fazer viagens despretensiosas e sem muita programação”.
“Minha mãe sempre gostou do nada acordar no sábado e falar ‘vamos viajar?’, ‘vamos para Búzios ?’, ‘vamos para Angra ?’. Eu quero ter essa mesma vibe com a Aurora”, diz o apresentador que ainda revela que pretende fazer uma temporada em família a bordo de um motorhome.
“Eu sempre quis fazer, mas antes me achava muito sozinho para viajar em uma casa itinerante de ‘quatro rodas’. Agora que eu tenho minha família, e quero muito fazer essa viagem. Adoraria que fosse a próxima temporada, e quero que minha sogra vá junto. Ela me ajuda muito e sem ela vai ser muito mais complicado. Pretendo descobrir o mundão a bordo de um motorhome com ela. Espero que dê certo”, finaliza.
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Fonte: TURISMO.IG.COM.BR