Principal articulador financeiro de quadrilha que movimentava milhões com o tráfico de drogas se apresenta na PF de Rondônia e é preso

Sem ter sede física, empresa movimentou R$ 85 milhões em 2020

A Polícia Federal informa que na manhã de quarta-feira (03/11/2021) o principal articulador financeiro da OPERAÇÃO ALCANCE, responsável pela lavagem de capital oriundo do tráfico interestadual de drogas, se apresentou na Superintendência da Polícia Federal, sendo dado o devido cumprimento ao Mandado de Prisão expedido pela Vara de Delitos de Tóxicos de Porto Velho/RO.

OPERAÇÃO ALCANCE foi deflagrada no dia primeiro de setembro de 2021 visando desarticular esquema criminoso de envio de carregamento de drogas de Rondônia para a cidade de Fortaleza/CE, assim como núcleo voltado à lavagem de capital proveniente do tráfico sediado em Porto Velho/RO.

Aproximadamente 200 policiais federais cumpriram 102 Mandados Judiciais. Durante as investigações constatou-se que os integrantes do grupo criminoso atuavam em duas frentes: um núcleo responsável na remessa de droga através de carretas para o Estado do Ceará e outro na ocultação do patrimônio. Após o cumprimento do mandado de prisão do líder da OrCrim em novembro de 2020 quando usava documento falso, descobriu-se a magnitude das transações.

Sete remessas de drogas foram apreendidas totalizando cerca de uma tonelada de cocaína. O dinheiro da droga era recebido de forma dissimulada em contas bancárias de interpostas pessoas e empresas, sendo que estas recebiam aproximadamente 3% do valor movimentado. Além das inúmeras identificadas, em uma delas a OrCrim chegou a receber R$1.500.000,00 no interstício de 15 dias.

Há empresa com movimentação financeira de aproximadamente R$85.000.000,00 em 2020 sem sequer possuir sede física. Parte do patrimônio estava sendo ocultado através de postos de gasolinas, empresas, garagem de veículos, sítios, jet-ski e imóveis de luxo.

O preso, após ser ouvido pela Polícia Federal, foi encaminhado para o sistema prisional onde responderá pelo crime de Organização Criminosa e lavagem de dinheiro, por cujas penas somadas podem chegar a mais de 20 anos de prisão.

Outros indiciados seguem foragidos da Justiça, permanecendo os Mandados de Prisão em aberto pendentes de cumprimento.

Fonte: Imagem ilustrativa
Autor: Assessoria